Hoje pela manhã (15/08/11) estive em uma reunião da APP, representando o Fórum sindical de Cascavel, para tratar do fechamento de turmas na rede estadual de ensino do Paraná.
Trata-se de uma medida que visa aumentar o número de alunos por turma. Segundo dados do próprio estado, a média estadual é de 16 alunos por turma. Se considerarmos a existência de muitas turmas em pequenas cidades e comunidades do interior, número é expressivo, pois nas grandes cidades há turmas com números de alunos bem acima dos estabelecidos pela legislação patrea.
Se levarmos em conta a grande evasão escolar, estes dados colhidos no meio do ano letivo são sintomáticos da precariedade do ensino. Escolas caindo aos pedaços e salas que amontoam alunos em carteiras mil vezes reformadas contribuem sobremaneira para afastar alunos da rede.
Assusta ainda mais, o fato de que flagrantemente alunos estão sendo titulados, mesmo sendo analfabetos funcionais, somente para melhorar os indicadores da educação do estado, numa afronta a cidadania.
A existência de alunos com necessidades especiais no ensino regular, sem a devida atenção é também um dado alarmante, pois a debilidade estrutural, pedagógica e mesmo o número grande alunos por turma dificulta, se não inviabiliza a política de "inclusão" que desta maneira, fica só no papel.
Neste sentido, acredito que nossos educadores estão certos ao propor o debate sobre os problemas da educação. Não limitar o debate o número de alunos por turma. Afinal a qualidade da educação deve deixar de ser somente a prioridade dos discursos de campanhas eleitorais.
No dia 30 de agosto haverá um grande debate sobre a educação no Brasil. Aproveitemos também para contribuir com esta demanda que não deve ser só dos educadores, menos ainda dos gestores de plantão, mas sim de toda a sociedade.
Mais do que aumentar os amigos da escola, devemos identificar os inimigos da educação. Enfrentá-los em nome da construção da cidadania de nossa gente.
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