Em média 29 pacientes, considerados em estado grave, aguardam na UPA I, por um leito de internação hospitalar em Cascavel nos últimos dias. São pessoas com AVC, Fraturas, doenças infecto contagiosas e que necessitam de tratamento em isolamento, etc.. Vide matéria da RPC e da TV Tarobá de Cascavel (http://www.tarobacascavel.com.br/videos/materia/jt2/12800/MP_e_autoridades_da_saúde_discutem_solução_para_UPA).
O tempo médio de espera por leitos para tratamento de Neurologia é de oito dias, Vascular, seis dias, Cardiologia, Cirurgia Geral e Digestivo quatro dias e demais especialidades de 2 a 3 dias. Porém há casos em que o tempo de espera ultrapassa duas semanas.
Por outro lado, há uma fila de espera por leitos para a realização de cirurgias Eletivas de 5.584 pacientes.
Acredito que o resultado da reunião foi positivo. Fizemos um balanço da situação, acordamos algumas questões que irão nortear a relação entre as partes envolvidas a partir de agora e faremos este acompanhamento da taxa de ocupação de leitos SUS, em parceria com o controle social.
Comitê de Urgência e Emergência, composto pelos representantes da Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, SAMU, SIAT, Conselho Municipal de Saúde, Ministério Público Estadual e Diretores Clínicos dos hospitais conveniados ao SUS e HUOP, esteve reunido no dia 20/06/2012, par tratar do assunto.
Após amplo debate, foi tomado as seguintes deliberações:
1.
Controle e avaliação conjunta pelo Estado e Município, encaminhando cópia ao
Conselho Municipal de Saúde e Ministério Público;
2.
Atualização dos dados do clic pelos médicos das UPA’s diariamente para a
Central de Leitos;
3.
A 10ª Regional poderá, se necessário for, encaminhar os pacientes para
hospitais fora do município de Cascavel;
4.
Conselho Municipal de Saúde indicará um representante para acompanhar a
auditoria, controle e avaliação dos leitos SUS hospitalares;
5.
Reunião para reavaliação da evolução dos internamentos hospitalares na sede da
Secretaria Municipal de Saúde, no dia 25/07/12.
Como sugestão, para
ser avaliada na próxima reunião:
1.
Médico na Central de Regulação de Leitos para contato
com os hospitais diariamente.
Além disso, o acompanhamento da taxa de ocupação de leitos SUS, por um equipe composta por membros do controle social, certamente poderá nos ajudar a solucionar este problema definitivamente. Já indicamos os representates do Conselho Municipal de Saúde e esperamos que este trabalho possa ter inicio imediatamente.
Obviamente que o maior problema enfrentado pela Saúde Pública no país é a falta de investimentos por parte do Governo Federal. São 35 Bilhões a menos para o SUS, por conta da regulamentação da Emenda Constitucional 29.
Os Municípios fazem mais do que sua obrigação mínima de 15% do orçamento para a saúde. Cascavel investe 23%. Os Estados, via de regra fazem as suas, investindo 12% na saúde. No Paraná, agora estamos cumprindo com a legislação, pois no último período, este patamar mínimo era desrespeitado.
Porém a união, que deveria originalmente pelos termos da EC29 investir no mínimo 10% em Saúde, só esta investindo 7% do PIB. Portanto estes recursos poderiam certamente solucionar grande parte de nossos problemas.
Mas a nós cabe gerenciar estes problemas e da melhor maneira possível garantir a dignidade e pronto atendimento a todos que usam o SUS. Eis o nosso desafio e continuaremos sim a denunciar os irresponsáveis do Congresso Nacional que fecham os olhos a estas questões e ao governo federal que, criminosamente omite-se de suas responsabilidades com a classe trabalhadora deste pais.
O Conselho Municipal de Saúde nomeou Ivanildo Claro da Silva e Amancio Luis Saldanha dos Anjos, para compor a comissão que está visitando os Hospitais para o monitoramento da ocupação de leitos do SUS.
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