terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Surto de águas-vivas interdita praia no Parana


Um surto de água vivas obrigou os bombeiros a interditar um trecho da praia em Guaratuba, no Paraná. No último fim de semana, mais de 3.600 casos foram registrados em todo o litoral paranaense.
Apenas no último fim de semana, mais de 3.600 casos foram registrados em todo o litoral paranaense --quase a metade dos 6.500 acidentes informados desde 16 de dezembro, quando começou a temporada de verão.

“Foi absurdo o aumento nos casos nesses últimos dias. Só no domingo, foram mais de 2.000 registros”, afirmou o tenente Ezequiel Roberto Siqueira, porta-voz dos bombeiros no litoral.

A maioria dos acidentes acontece nas praias mais movimentadas --a Praia Central, em Guaratuba, e a de Caiobá, em Matinhos. Mas há
registros de acidentes em todo o litoral paranaense.

Reproduzo abaixo um depoimento feito por Edmilson Palma no Facebook:

É meu amigo Laerson, também não sei o porque da demora, digo isto pois, no início deste ano minha prima Bruna Barizon Fernandes de apenas 10 anos de idade, sofreu um acidente com uma das várias espécies de águas vivas existentes em nosso li...toral(Barra do Saí, município de Itapoã SC, a 22km de Guaratuba Pr), e Ela infelizmente veio a falecer no dia 09.01 e sepultada no dia 10.01.2012 no cemitério Central de Cvel.Pr. Vide matéria da CATVE.

Não estou aqui afirmando categóricamente que a água viva tenha sido o causador, pois, não sou especialista, porém, em matéria divulgada na GAZETA DO PARANÁ, do dia 24 de Jan 2012, página 4 - Público/Geral, a bióloga e professora da FAG Karen Kristina Pereira, afirmou que pode ser sim letal para crianças, idosos e pessoas alérgicas. Ainda segundo Ela, quanto mais colorida a espécie de agua viva mais tóxica.

Só faço um questionamento, que inclusive o pai de Bruna também fêz na matéria da Gazeta, será que nossos médicos e hospitais estão realmente preparados para identificar e atender com eficácia este tipo de situação???

Obs: recomendo a leitura na íntegra da matéria da Gazeta, pois, poderão ver e sentir o desabafo de um pai desesperado pela perda de sua filha.

O que fazer em caso de acidente

O contato com a água-viva causa dor imediata e forte, com sensação de ardência.

Pessoas mais sensíveis ou alérgicas podem ter náuseas, vômitos ou dificuldade para respirar.

Em caso de acidente com água-viva, o banhista deve sair da água imediatamente e procurar um posto de salva-vidas para aplicar vinagre sobre as queimaduras. Caso não haja postos por perto, é possível lavar o local com água do mar.

Nunca se deve usar água doce, que libera mais toxinas, aumentando a queimadura. Evite esfregar o ferimento com a mão ou um pano, o que pode estourar cápsulas que tenham ficado na pele, piorando o quadro.

O Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná atende no telefone 0800 410148.

No domingo, os bombeiros decidiram interditar para banho um trecho de 300 metros da Praia Central de Guaratuba, onde os salva-vidas do posto Vila Real já haviam registrado 65 casos de queimaduras. “O número não foi maior justamente por causa da interdição”, disse Siqueira.

A praia foi reaberta nesta segunda-feira, e até o início da tarde não havia outros trechos interditados. “Como muitos veranistas deixaram o litoral nas últimas horas, o número de acidentes deve ser menor nos próximos dias”, prevê o oficial.

Uma prova de natação na baía de Guaratuba, marcada para o domingo (22), foi cancelada a pedido dos bombeiros. “Era muito arriscado colocar os atletas na água com o surto de acidentes com águas-vivas”, declarou Siqueira.

A organização da prova informou que irá remarcá-la assim que tiver autorização dos bombeiros.

Apesar do elevado número de casos, só duas pessoas tiveram reações alérgicas às queimaduras e precisaram ser levadas ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Matinhos.

A Secretaria Estadual da Saúde informou que ambos foram medicados e liberados em seguida. A maioria dos casos é tratada pelos próprios bombeiros, que neutralizam as toxinas que causam as queimaduras usando vinagre.

Técnicos da secretaria estão nesta segunda-feira no litoral, onde visitam postos de saúde e hospitais e conversam com pesquisadores da
Universidade Federal do Paraná (UFPR) para avaliar as causas do aparecimento das águas-vivas.

“[Uma infestação por águas-vivas] tão grande assim é inédita nos últimos dez anos. As causas são várias. Uma mudança de correntes marítimas pode jogar o bando de águas-vivas para a costa, e o calor ajuda a fazer com que elas se proliferem mais rapidamente”, explica o biólogo Paulo Marques, professor da UFPR no litoral.

“Provavelmente, será preciso interditar as praias, pois, além das queimaduras, a toxina que as águas-vivas liberam na água também pode causar diarreias”, afirma.

Um comentário:

  1. Reproduzo abaixo um depoimento feito por Edmilson Palma no Facebook:

    É meu amigo Laerson, também não sei o porque da demora, digo isto pois, no início deste ano minha prima Bruna Barizon Fernandes de apenas 10 anos de idade, sofreu um acidente com uma das várias espécies de águas vivas existentes em nosso li...toral(Barra do Saí, município de Itapoã SC, a 22km de Guaratuba Pr), e Ela infelizmente veio a falecer no dia 09.01 e sepultada no dia 10.01.2012 no cemitério Central de Cvel.Pr.

    Não estou aqui afirmando categóricamente que a água viva tenha sido o causador, pois, não sou especialista, porém, em matéria divulgada na GAZETA DO PARANÁ, do dia 24 de Jan 2012, página 4 - Público/Geral, a bióloga e professora da FAG Karen Kristina Pereira, afirmou que pode ser sim letal para crianças, idosos e pessoas alérgicas. Ainda segundo Ela, quanto mais colorida a espécie de agua viva mais tóxica.

    Só faço um questionamento, que inclusive o pai de Bruna também fêz na matéria da Gazeta, será que nossos médicos e hospitais estão realmente preparados para identificar e atender com eficácia este tipo de situação???

    Obs: recomendo a leitura na íntegra da matéria da Gazeta, pois, poderão ver e sentir o desabafo de um pai desesperado pela perda de sua filha.

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