quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O "Rei" de Cascavel e os Maias

A profecia Maia põe fim a este mundo no dia 21/12/12. Vejamos os fortes sinais já identificados em nossa cidade. 

Ontem, o atual prefeito Edgar Bueno, reeleito com o numeral 12, triunfando sobre o 13 numa disputa acirrada no "primeiro" segundo turno da história de Cascavel, exonerou todos os cargos de confiança da prefeitura. Com a promessa de indicar os novos secretários para gestão 2013/2016 a partir do dia 21/12/12.

O que fazer antes do fim do mundo? Com a palavra os ex-acessores demitidos! Alguns até estão entristecidos, por que esperavam continuar nos cargos de chefia, mas outros acreditam que o Edgar está certo dando férias a todos nas vésperas do fim do mundo.

É preciso dar razão ao contundente radialista “Cascavel tem um Rei na Prefeitura”, pois até o final de 2012 ou então até o fim do mundo, a prefeitura é de um só homem.

Há quem diga que Edgar está aproveitando-se da previsão Maia para, promover as mudanças necessárias ao seu novo governo. Porém, a oposição afirma que ele acredita no fim do mundo e quer terminar seus dias reinando absoluto no palácio municipal.

O certo é que o mundo acabou pra vários barnabés do paço. Um novo mundo tempo se abre com as possibilidades e limites de um novo mandato. Novos cargos. . . novos aliados. . . novos e velhos inimigos. Enfim, tudo pode continuar como antes, com várias mudanças sem que se, mude demais para não perder a essência deste grupo que é o campeão de reeleições em Cascavel.
Plano de Governo

Me perdoem aqueles que porventura se sentirem de alguma maneira incomodados com minhas considerações, afinal são meras ilações de um aprendiz de escriba entes do inicio de suas férias.

Mas se os Mais estiverem certos. . . tudo acaba pra todos nós amanhã dia 21/12/12.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Paraná Urgências é incapaz de transportar paciente para tratamento em Curitiba. Drama na saúde pública do Paraná.


O Conselho Municipal de Saúde de Cascavel foi procurado pela Sra. Sirlei Rodrigues da Silva, mãe da paciente TAINARA JANAINA DA SILVA DOS SANTOS, que está internada na UTI Pediátrica do HUOP desde o último domingo (16/12).

A gravidade do estado de saúde da menor exige que o tratamento seja realizado no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba. Imediatamente após avaliação médica no HUOP, foi solicitado e prontamente disponibilizado leito de UTI do referido Hospital em Curitiba para o inicio do tratamento.

Porém infelizmente, desde domingo permanece a angustia e o desespero da família, pois até agora não foi providenciada a remoção da paciente.

Ao buscarmos explicações para a demora do atendimento, nos deparamos com uma explicação que acaba por nos assustar e entristecer mais ainda.

O Paraná Urgência, responsável pela regulação e transporte de pacientes no estado alega que está faltando servidores, para acompanhar os pacientes nas remoções.

Diante disso, este Conselho de Saúde, encaminhou oficio a Regional de Saúde pedindo urgência no atendimento deste caso, pois a demora no inicio do tratamento adequado pode gerar seqüelas irreversíveis à paciente.

Além disso, comunicamos ao Ministério Público a situação vivida pela pequena Tainara, pois esta falta de servidores, se não regularizada com a maior brevidade possível, certamente continuará a causar sérios riscos à saúde pública de todos nós.

Enquanto o governo do estado gasta rios de dinheiro público para propagandear as suas boas ações. Faltam servidores para promover a remoção dos pacientes pelo estado afora. 

Mais um drama vivido por todos nós que moramos em um dos poucos estados da união que não cumprem a lei que obriga um investimento mínimo de 12% do do orçamento estadual para os gastos com a saúde da população.   

Afinal não nos parece razoável que fiquemos a mercê da incapacidade política de nosso estado em gerenciar adequadamente os recursos humanos necessários ao pronto atendimento de saúde de nossa população.  

sábado, 15 de dezembro de 2012

Criado Núcleo da Auditoria Cidadã da Divida


No dia 7 de dezembro passado (sexta-feira) foi criado o Núcleo Paraná (Região Oeste) da Auditoria Cidadã da Dívida Pública (http://www.divida-auditoriacidada.org.br/). O evento inaugural contou com a presença da Coordenadora Nacional, Maria Lúcia Fattorelli, que apresentou uma palestra sobre “A Dívida Pública em Debate: saiba o que ela tem a ver com a sua vida”. A palestrante é Auditora aposentada da Receita Federal e participou da Auditoria realizada no Equador, que resultou na redução em 70% da dívida naquele país (http://www.divida-auditoriacidada.org.br/artigos/artigo.2010-03-26.5542250391).
O movimento pela Auditoria Cidadã decorreu do resultado do Plebiscito da Dívida Externa, realizado no Brasil em setembro de 2000, pela Campanha Jubileu Sul, no qual 6 milhões de pessoas, de 3.444 municípios do País, se manifestaram, sendo que mais de 95% votaram NÃO à manutenção do Acordo com o FMI, NÃO à continuidade do pagamento da dívida externa sem a realização da auditoria prevista na Constituição Federal e NÃO à destinação de grande parte dos recursos orçamentários aos especuladores.
Enquanto o Congresso Nacional não convoca a auditoria oficial, como determina a Constituição Federal, um grupo de entidades vem se organizando para promover uma auditoria que se denomina cidadã, exatamente pelo fato de estar sendo realizada por cidadãos e para os cidadãos.
O objetivo da auditoria da dívida é dissecar o processo de endividamento do País, revelar a verdadeira natureza da Dívida e, a partir daí, promover ações no sentido de reduzir o montante das Dívidas Interna e Externa.
O grupo de trabalho da Auditoria Cidadã tem acessado documentos e realizado estudos, visando a resgatar o processo histórico do endividamento, apontando suas causas. Simultaneamente, tem acompanhado o comportamento do endividamento e seus mecanismos na atualidade. Todos os trabalhos realizados são amplamente divulgados por meio de publicações didáticas, tais como boletins, cartilhas, vídeo e livro, além das informações disponibilizadas em sua página na internet.
            O evento em Cascavel, realizado no dia 7 de dezembro passado, contou com 43 pessoas que assinaram a lista de presença. No final, quatro entidades formalizaram sua participação no Núcleo: Adunioeste, Sindprev (Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social), DCE (campus de Marechal Cândido Rondon), APG/Unioeste (Associação de Pós-Graduandos) e AP-LER (Associação dos Portadores de Lesões por Esforços Repetitivos). 



No dia seguinte (8/12), as entidades que inicialmente compõem o Núcleo da “Auditoria Cidadã da Dívida”, se reuniram na sede do Sindiprevs, em Cascavel, com a presença de Maria Lucia Fattorelli, e realizaram uma produtiva reunião para deliberar sobre os encaminhamentos para viabilizar a organização e funcionamento do Núcleo. Foi deliberado que o “Núcleo Paraná - Região Oeste da Auditoria Cidadã da Dívida” irá funcionar na sede da Adunioeste e caberá à Adunioeste a tarefa de coordenar o Núcleo. Foi deliberado também que no início da segunda quinzena de janeiro/2013, o “Núcleo Paraná - Região Oeste da Auditoria Cidadã da Dívida” realizará a sua primeira reunião para planejar as atividades que serão desenvolvidas no próximo ano.
Dentre as atividades que o “Núcleo Paraná - Região Oeste da Auditoria Cidadã da Dívida” poderá desenvolver, de acordo com Fattorelli, destacam-se as seguintes:
- Organizar reuniões periódicas para estudos e troca de ideias sobre Caderno de Estudos e demais publicações a respeito da dívida federal e estadual, já disponibilizadas na página da Auditoria Cidadã da Dívida;
- Realizar debates locais, tais como seminários, palestras a respeito da temática Dívida Pública;
- Organizar Audiências Públicas locais – de preferência na Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais - objetivando criar uma Frente Parlamentar para investigação da dívida pública local estadual e municipal;
- Realizar levantamento estatístico sobre o estoque das dívidas interna e externa do estado ou do município, bem como do fluxo de pagamentos de juros e amortizações;
- Conhecer e divulgar as Análises Técnicas da Recente CPI da Dívida Pública, realizada na Câmara dos Deputados, sobre as dívidas dos estados e municípios;
- Solicitar informações e documentos sobre o endividamento local - do estado e/ou dos municípios.
- Reproduzir os informativos nacionais e elaborar materiais com dados locais dos municípios da região e do estado do Paraná;
- Utilizar as mídias locais das entidades apoiadoras (sindicatos e demais entidades) para divulgar as informações produzidas nacionalmente e localmente
No início do próximo ano as Entidades que compõe o Núcleo Paraná divulgarão maiores informações a respeito das atividades que serão realizadas pelo “Núcleo Paraná - Região Oeste da Auditoria Cidadã da Dívida”. 
Contamos com a participação dos colegas docentes na importante tarefa de consolidar a organização do Núcleo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Aposentado que continua trabalhando tem direito a multa do FGTS quando despedido


Após declarar que a aposentadoria não extingue o contrato de trabalho, a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou o Hospital Cristo Redentor S/A a pagar multa de 40% sobre o FGTS e demais verbas rescisórias, a ex-empregada que continuou trabalhando mesmo após a aposentadoria, e acabou sendo demitida sem justa causa.

Em dezembro de 2004, ainda na vigência da Orientação Jurisprudencial 177, a Terceira Turma do TST negou provimento a agravo de instrumento da trabalhadora que discutia o direito à multa sobre o FGTS que não havia sido reconhecido pela Justiça do Trabalho. Ela recorreu até o Supremo Tribunal Federal, por meio de recurso extraordinário. O STF proveu o recurso e, com base no mais recente entendimento quanto à questão, determinou que fosse realizado novo julgamento no TST, partindo da premissa de que a aposentadoria não extingue o contrato de trabalho.

O processo retornou este ano ao TST e a Terceira Turma, então, deu provimento ao agravo de instrumento da trabalhadora para processar o recurso de revista, ao qual também deu provimento, com base na orientação do STF. O novo julgamento foi resultado da mudança ocorrida no entendimento a respeito dos efeitos da aposentadoria espontânea no contrato de trabalho quando o empregado permanece trabalhando para o mesmo empregador após a concessão do benefício previdenciário.

Alterações
Sobre a mudança, o relator do recurso de revista na Terceira Turma, ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte (foto), explicou que o tema relativo à aposentadoria espontânea "revelou-se controvertido, principalmente em decorrência de sucessivas alterações do direito positivo".

De acordo com a já cancelada Orientação Jurisprudencial nº 177, da SDI-1, de 8/11/2000, a aposentadoria espontânea extinguia o contrato de trabalho, mesmo quando o empregado continuasse a trabalhar na empresa após a concessão do benefício previdenciário. Com isso, era indevida a multa de 40% do FGTS em relação ao período anterior à aposentadoria.

Essa OJ, porém, foi cancelada pelo TST em 25/10/2006, em face de decisões do STF, no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) 1.770 e 1.721. A Suprema Corte considerou inconstitucionais os parágrafos 1º e 2º do artigo 453 da CLT. O relator da ADI 1.721, ministro Carlos Ayres Brito (hoje aposentado), interpretou o próprio caput do artigo 453 da CLT, afastando possível entendimento de que ali conteria a automática extinção do vínculo de emprego pela ocorrência da aposentadoria voluntária.

O TST então editou a Orientação Jurisprudencial 361 da SDI-1, publicada em 2/5/2008. A partir daí, o entendimento quanto ao assunto é que "a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação".

 Assim, ao ser dispensado imotivadamente, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados durante o pacto de trabalho. Como consequência, o processo da empregada do Hospital Cristo Redentor foi julgado na Terceira Turma, desta vez, já seguindo o entendimento atualizado em relação ao tema. Após a nova decisão, o hospital não recorreu da condenação. (Lourdes Tavares / RA - Foto: Fellipe Sampaio) 
Processo: RR - 50341-10.1999.5.04.0008 (Fonte: SCS/TST)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Reformas para a Instalação da 4ª Vara do Trabalho é custeada integralmente pelos sindicatos de trabalhadores de Cascavel


Um evento marcou oficialmente a instalação da 4ª Vara do Trabalho em Cascavel no dia 10 de dezembro de 2012. Estiveram presentes autoridades do Poder Judiciário como a Presidente Regional do Trabalho Desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão e o Dr. Daniel Rodney Weidman, representando a AMATRA. Além de autoridades locais e representantes da OAB e do Fórum Sindical, entidades que viabilizaram inclusive financeiramente a agilidade na instalação da 4ª Vara do Trabalho no município, através da readequação da estrutura do prédio do Fórum Trabalhista.

Laerson Matias e Dr. Daniel Weidmann
“O valor doado pelos sindicatos chega a ser irrisório diante dos benefícios que serão gerados aos trabalhadores por meio da instalação de mais uma Vara da Justiça do Trabalho.”, afirmou Laerson Matias, coordenador do Fórum Sindical.

O livro contando a História de Cascavel, do escritor Alceu Sperança, foi entregue ao magistrado pelo sindicalista, em agradecimento pelos grandes serviços prestados a nossa cidade, em particular pela instalação da nova Vara do Trabalho.

O juiz Daniel Rodney Weidman, que atualmente trabalha em Paranaguá, fez questão de estar presente ao evento, já que foi um dos grandes articuladores para que fosse viabilizada a agilidade na instalação da nova Vara da Justiça do Trabalho em Cascavel. “Somente por causa do apoio dos sindicalistas, por meio do Fórum Sindical, da OAB e de toda a comunidade de Cascavel foi possível à instalação, ainda neste ano, da 4ª Vara do Trabalho no Município.”, ressaltou o juiz..

Desenbargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão
Também esteve presente no evento o Deputado Federal Osmar Serraglio, ele frisou a importância da ampliação da Justiça do Trabalho para a celeridade nos processos “Conhecemos as dificuldades da Justiça do Trabalho, como advogado sei a necessidade de celeridade nos processos e é preciso reconhecer que o avanço nos últimos anos tem sido excepcional.”, destacou o deputado.
A desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão começou e encerrou seu discurso citando trechos do Hino de Cascavel. “Do quadrante oeste é a primeira: Cascavel é o quinto município do Paraná à frente de Foz do Iguaçu, inclusive, e na Justiça do Trabalho não poderia ser diferente, a quantidade de processos é a maior da região e isso justifica a escolha de Cascavel para instalação de mais uma Vara do Trabalho.” Para encerrar seus agradecimentos e homenagens à comunidade cascavelense por mais esta conquista a Desembargadora citou ”Cascavel cidade hospitaleira, tu és fonte rica de labor” o que muito se encaixa tratando-se de questões de Justiça do Trabalho.
Mais uma novidade é que todas as Varas passaram a atuar com o PJe-JT (Processo Judicial Eletrônico) e durante a cerimônia foi feito o primeiro agendamento de processo pelo sistema.

Por Izabel Tavares

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A DÍVIDA PÚBLICA EM DEBATE


Local: Auditório da Unioeste - campus de Cascavel.
Data: 7 de dezembro de 2012 (sexta-feira).
Horário: 19 horas.

            A atual crise financeira mundial escancarou o papel da Dívida Pública como mola mestra do modelo econômico que privilegia o setor financeiro privado e grandes corporações internacionais. Este mesmo setor que usufrui benesses do Estado exige a privatização das riquezas nacionais em seu favor, sob a justificativa de ter que pagar a Dívida Pública.

            Afinal, que dívida é essa que amarra o nosso rico pais? Quais os reflexos da Dívida na vida dos trabalhadores e do país em relação aos reajustes salariais, ao aumento dos Benefícios de Aposentadoria e pensões, e desenvolvimento de Programas Educativos, Sociais, Culturais. E principalmente qual a relação entre a dívida pública e a falta de verbas para melhorar a Educação, o atendimento à Saúde e a Segurança da população?    Como as entidades da sociedade civil, sindicatos, movimentos estudantis e cidadãos inconformados com a injustiça social em nosso rico país, podem participar de uma Auditoria Cidadã da dívida pública? A partir destas questões, as entidades abaixo relacionadas convidam a todos para participar de Debate sobre a Dívida Pública. O debate contará com a presença da Coordenadora da “AuditoriaCidadã da Dívida”, Maria Lúcia Fattorelli.

Maria Lucia Fattorelli é Auditora fiscal da Receita Federal desde 1982. Em 2000 assumiu a coordenação da organização brasileira “Auditoria Cidadã da Dívida”. Em 2007 e 2008 participou, a convite do governo do Equador, da Comissão de Auditoria integral da Dívida Pública (CAiC) do país. Entre setembro de 2009 a maio de 2010, participou ativamente dos trabalhos da Comissão Parlamentar de inquérito sobre a dívida, no Congresso brasileiro. Fattorelli é hoje uma referência no debate sobre a dívida. Veja entrevista no seminário de Florianópolis SC.

            Ao final do debate, discutiremos a criação do Núcleo Regional da “Auditoria Cidadã da Dívida”.

ADUNIOESTE
(Sindicato de Docentes da Unioeste, Seção sindical do ANDES-Sindicato Nacional)

AP-LER
Associação de Portadores de Lesões por Esforços Repetitivos

SINDPREVS
Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná

SITEP
Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas, de Economia Mista
e Fundações de Cascavel

FORUM SINDICAL DE CASCAVEL

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Hospital Santa Catarina pode ir a leilão


Publicamos abaixo , na integra um despacho da Justiça do Trabalho, determina o fim do “procedimento administrativo de Comissão de Gestão Compartilhada do Hospital Santa Catarina, determinando o prosseguimento de todas as execuções contra dito hospital, em trâmite nas Varas do Trabalho de Cascavel”. 
Com esta decisão, o referido Hospital, deve ir a leilão, para quitação destas dividas unto a Justiça do Trabalho. Apresento a minha opinião sobre o assunto em entrevista a CBN Cascavel. 

O Santa Catarina atende uma média de 200 AIH´s mês, todas de baixa e média complexidade. Exerce um papel importante no atendimento da saúde pública de nossa cidade. 

Além disso, uma das alas do referido hospital, abriga a UPA infantil, responsável pelo atendimento as nossas criança. 

O Conselho Municipal de Saúde teme pela solução de continuidade por conta desta decisão e dos prazos em que se efetivará, pois pode acarretar prejuízos ao atendimento à saúde de todos nós. 

A mesa diretiva do Conselho de Saúde terá ainda esta semana uma reunião com o Dr. Silvio Claudio Bueno da 2ª Vara do Trabalho, e com o Secretário Municipal de Saúde, para tratar do assunto.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Frei Carmelita poderá ir pra cadeia por denunciar a situação de calamidade pública vivida na cidade de Unaí MG, campeã nacional em casos de Câncer e produção de feijão.


Justiça decreta prisão de Frei Gilvander

31 de outubro de 2012 | Categoria:: Brasil,Últimas Notícias |


O juiz do município de Unaí, região Noroeste de Minas Gerais, decretou a prisão do padre Carmelita, assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e militante dos direitos humanos, Frei Gilvander. O motivo para a prisão foi a divulgação de um vídeo produzido pelo Frei que denúncia o  envenenamento da população da cidade de Unaí e região pelo abuso de agrotóxicos utilizados na marca “Feijão Unaí”.

Justiça decreta prisão de Frei Gilvander
No vídeo, depoimento de uma trabalhadora de uma escola municipal de Arinos, cidade vizinha de Unaí, relata que o feijão foi enviado para a merenda escolar e que as cozinheiras não suportaram o mau cheiro e os sinais de veneno contidos no feijão, chegando, inclusive a passar mal. Isso se repetiu várias vezes, chegando ao ponto de até descartar o feijão no lixo.

A cidade de Unaí é a campeã nacional em casos de câncer. Segundo os dados da Comissão Parlamentar da Câmara Federal, em Unaí há 1260 casos de pessoas com câncer por ano. A média mundial não ultrapassa 400 casos anuais para cada 100.000 habitantes. A cidade também é a campeã nacional em produção de feijão e de uso de agrotóxicos, uma verdadeira ameaça a saúde da população.

A prisão de Frei Gilvander se dará caso não retire de circulação o vídeo que faz essa importante denúncia, um verdadeiro ataque à liberdade de expressão e informação. Os diretores do Google e do Youtube estão respondendo a processo pela veiculação do vídeo. Mas o Documentário "o veneno está a mesa" nos dá a exata dimensão do que estamos suportando em nome do "progresso".


Frei Gilvander é um grande companheiro da luta do povo pobre e por isso desperta o ódio dos poderosos. Em maio, por seu apoio à luta do povo por moradia e denúncia do despejo da Ocupação Eliana Silva e de outras comunidades sofreu dezenas de ameaças de morte.  Mas segue firme na luta contando com cada vez mais apoio das comunidades e das pessoas de luta, justas e honestas.


Texto publicado em nosso Blog, em solidariedade a luta da população de Unaí, vitima do uso indiscriminado de venenos agrícolas (agrotóxicos).

O conteúdo é de responsabilidade do profissional de jornalismo Daniel Fonseca, que parabenizamos pela coragem e disposição de exercer a liberdade de expressão, tanto quanto o nosso companheiro Gilvander.

Participe voce também da  Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Campanha nacional por mais recursos à saúde será lançada nesta terça (30/10/12) em Cascavel


Nesta terça-feira (30), a partir das 14 horas, no auditório do Sindicato dos Bancários, estará acontecendo reunião convocada pelo Conselho Municipal da Saúde, para o lançamento em Cascavel Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública.  

O presidente do Conselho, Laerson Vidal Matias, explica que esta campanha nacional consiste em coletar 1,5 milhão de assinaturas em todo o País, para protocolar o Projeto de Iniciativa Popular no Congresso Nacional, garantindo os 10% do orçamento da União ao Ministério da Saúde, atualmente, o montante desses recursos para o setor está em torno de apenas 7%. Conforme dados do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, a lei 141/2012 que regulamentou a Emenda Constitucional 29, está reduzindo o orçamento da saúde em  R$ 32,5 bilhões., frustrando os objetivos originais da EC-29 que previa no mínimo 10% para a saúde pública.


Convidamos as entidades da sociedade civil organizada a participarem deste Movimento em defesa da Saúde Pública.

Queremos a exemplo da lei da fixa limpa, apresentar um Projeto de interesse social ao Congresso e ver nossa vontade soberana e direitos respeitados com a aprovação desta importante medida de relevante interesse público. 
 
Vamos juntos garantir mais recursos do Governo Federal para a Saúde Pública. Esperamos todos voces neste sábado, a partir da 9 horas no calçadão da Brasil.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sadia pagará R$ 1,35 mi por violar leis trabalhistas


Reproduzo abaixo matéria da Radioagência NP, confirmando as péssimas condições de trabalho nos frigorificos do estado do Mato Grosso. Ressaltamos que a unidade de aves de Toledo no Paraná, será inspecionada por ordem judicial, na Ação Civil Pública movida contra a empresa pela AP-LER  e MPT-PR.


Certamente faremos provas não só para multar, mas para modificar estas condições desumanas e indignas de trabalho, para proteger a vida e a saúde dos trabalhadores.



Brasil Foods – fusão entre Sadia e Perdigão – não concedia intervalo de repouso aos trabalhadores que exerciam atividades em locais com baixa temperatura. Inspeções registraram temperaturas de até -3.7ºC.


 A empresa Brasil Foods S/A ­– criada a partir da fusão entre as marcas Sadia e Perdigão – foi condenada a pagar indenização de R$ 1,35 milhão por descumprimento de leis trabalhistas. A sentença foi pronunciada na última sexta-feira (19) após ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Em inspeção pelos frigoríficos instalados no estado do Mato Grosso, o MPT verificou que a empresa não concedia intervalo de repouso aos cerca de 1.250 trabalhadores que exerciam atividades em locais com baixa temperatura. O artigo 253 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estabelece 20 minutos de pausa a cada 1h40 de trabalho.
No mês de junho, em entrevista a Radioagência NP, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA), Artur Bueno, falou sobre a precariedade das condições de trabalho nos frigoríficos e como isso afeta a saúde.
“Na desossa, esse tipo de trabalho que exige um esforço mais repetitivo, esses trabalhadores depois de cinco anos não têm mais condições de continuar exercendo essa atividade”
A Brasil Foods foi condenada a conceder os intervalos térmicos a todos empregados que trabalham em setores com temperatura inferior a 15ºC. Além disso, fornecer ambiente com temperaturas adequadas para a saúde durante as pausas. Em alguns setores, as inspeções registraram temperaturas de até -3.7ºC.
Os valores da indenização serão destinados para a construção de creches e escolas primárias de educação infantil e para o atendimento da população carente do município de Nova Mutum (MT).
Uma pesquisa divulgada no ano passado pela CNTA revelou que quase 80% daqueles que atuam em frigoríficos de carne bovina do Rio Grande do Sul declararam sentir dores constantes.
De São Paulo, da Radioagência NP, Daniele Silveira.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Prefeito Fluminense eleito, reduzirá o próprio salário


Gelsimar Gonzaga é o primeiro Prefeito eleito pelo PSOL no paísCom 44,26% dos votos em Itaocara. 

Em Itaocara, um município de 23 mil habitantes no Noroeste Fluminense, um homem marcou a história ao se tornar o primeiro prefeito eleito pelo PSOL no país. Gelsimar Gonzaga realizou uma campanha sem coligação partidária e, com apenas R$ 20 mil para gastos, conquistou a confiança da população com 44,26% dos votos. 
Nesta quira-feira, ele esteve em Niterói para uma reunião do diretório do partido e para um encontro com o reitor da UFF, Roberto Salles, a quem solicitou a instalação de um pólo universitário em Itaocara. Também anunciou como sua primeira medida a redução de seu salário e dos secretários.

Salário - “Todo o dinheiro de minha campanha veio de doações de amigos”, destacou o prefeito, que declarou seu primeiro ato de governo: “Reduzir meu próprio salário e de todos os secretários. Meu piso salarial hoje é de R$ 545, realidade da maioria dos trabalhadores do município que são os responsáveis pela minha vitória. Não posso compactuar com uma realidade onde um prefeito ganha R$ 15 mil. Quero uma sociedade mais igualitária”, destacou o prefeito explicando que a porcentagem desse ajuste ainda não foi definida. 
Para retribuir a confiança da população, ele disse que vai garantir a participação do povo no governo através da criação de conselhos populares. “Quero saber quais são as prioridades do povo. Meu governo é para a maioria, para os carentes”, disse Gelsimar que há 18 anos preside o Sindicato dos Servidores Públicos de Itaocara. 
Ele relatou que se sentiu seguro de ingressar  na corrida eleitoral quando se candidatou para o cargo de deputado estadual pela segunda vez pelo PSOL, em 2010, onde obteve 25% do eleitorado do município. Embora não tenha sido eleito, ele se tornou o primeiro suplente dos deputados Janira Rocha e Marcelo Freixo, ambos do PSOL, que declararam apoio incondicional à sua candidatura. 
Vereador - Anteriormente, ele já havia tentado o cargo de vereador por três vezes pelo PT. Em 2005, Gelsimar se filiou ao PSOL e três anos após a fundação do partido, em 2008, concorreu pela primeira vez ao cargo de prefeito da cidade, onde obteve apenas 6% dos votos.
Para o prefeito eleito, o maior desafio de Itaocara é o desemprego. Para isso, ele pretende investir em educação. Em sua visita a Niterói, ele se reuniu com o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, a quem solicitou a instalação de um polo universitário no município. 
Às 14h de ontem, Gelsimar participou de uma reunião do diretório do partido, na sede do Psol, ao lado de Flávio Serafini, que destacou a importância da vitória de Gelsimar para o movimento de esquerda. “Nosso compromisso é contribuir para que ele realize o melhor governo possível”, disse Serafini.  
Macapá e Belém são os dois únicos municípios do país que contam com candidatos do PSOL para o segundo turno das eleições, que será realizado no próximo dia 28.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Saúde do Trabalhador elege prioridades para Região Sul


Relatório da Reunião do GT Frigorífico e Trabalho Rural – Macro Sul – Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

Dias 30 e 31 de Agosto de 2012 – Curitiba – Pr.

Participantes: Nanci F. Pinto, Silvia Albertini, Yumie Murakami, Eliseu De Oliveira Freitas, Adriana Scucato – CEST/PR; Loiva Schardosim CEREST/SES/RS,  Carla Centurião  e Ana Maria Bedin CEREST/Serra – Caxias do Sul – RS; Aline Gomes de França e Rubia Maira K. Pereira CEREST- Joinvile – SC; Laerson Vidal Matias – APLER/ Cascavel – Pr; Luciano Zanetti – SINDPETRO PR/SC; Sheila Fernanda Madeira e Sissa Benedet – CEREST Crisciuma – SC; Bruna F. Fernandes – UFPR/CEREST – Curitiba; Elver Moronte – SMS Curitiba ; Jorge machado e Carlos Minayo – FIOCRUZ – RJ; June Rezende – MTE.

A reunião teve início com a fala do Diretor do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador José Lucio dos Santos e do Superintendente de Vigilância em Saúde da SESA/PR, Sezifredo Paz.

Em seguida o professor Carlos Minayo apresentou o objetivo da reunião que consiste na construção de um diagnóstico dos processos produtivos dos Frigoríficos e Trabalho Rural nos estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para isso foi construído um roteiro, em anexo, que foi encaminhado para as coordenações estaduais e técnicos dos CERESTs.
Jorge Machado, Carlos Minayo e Laerson Matias

O diagnóstico subsidiará a formulação das ações de vigilância nesses ramos produtivos.  Segundo o inventário da RENAST, as ações de vigilância em 2011 e previstas para 2012 são limitadas. A meta para 2015 é ter 100% dos CERESTs realizando ações de vigilância. Enfatizou a importância de articulação com pesquisadores, professores, parceiros no campo da saúde do trabalhador e que o conhecimento seja socializado. Exemplos: manuais, orientações técnicas para a vigilância. Há a proposta de criação de banco de dados específico de acordo com a região.

1) “Descrição do quadro produtivo nos estados/municípios sobre a produção, força de trabalho, problemas de saúde dos trabalhadores e ambientais”.

PARANA

A agricultura ocupa 66% da extensão territorial do Paraná, sendo que 0.32% dos estabelecimentos possuem mais de 1 mil hectares. O Paraná é o maior produtor nacional de grãos.  A soja, o milho, o trigo, o feijão e a cana-de-açúcar  se sobressaem na estrutura produtiva, com um  forte avanço de outras atividades, como a produção de frutas.
Na pecuária, destaca-se a avicultura, com 25,2% do total de abates do País. Nos segmentos de bovinos e suínos, a participação do Estado atinge 4,1% e 18,7%, respectivamente. 
Quanto ao número de trabalhadores, segundo dados (PNAD2008)  no Paraná há 980.493 pessoas ocupadas no trabalho agrícola (16% do total de pessoas ocupadas), sendo 63% masculino e 27% feminino.

- 302.907 estabelecimentos de agricultura familiar, ocupando 4.249.888 hectares de terra.
    - 7.527 estabelecimentos agropecuários realizam atividade orgânica, o que representa 8,3% do total de estabelecimentos orgânicos no Brasil(Ipardes, 2010).
O Paraná é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar e de etanol do país. No Estado há hoje 600 mil hectares de áreas ocupadas pela cana-de-açúcar e outros 3 milhões disponíveis para o mesmo plantio.132 municípios paranaenses possuem lavouras de cana.

O cultivo destinado ao uso industrial – produção de açúcar e álcool – está concentrado em um conjunto de 42 municípios, cuja área plantada varia entre 5 e 25 mil hectares, o qual é responsável por quase 70% do plantio no Estado . Se forem incluídos outros 60 municípios com áreas também relevantes (entre 1 e 5 mil hectares), tem-se que a quase totalidade da produção de cana para fins industriais, no Estado, está distribuída por 102 municípios. Todos esses municípios situam-se nas porções norte e noroeste do Estado, acima do paralelo 24, região com maior aptidão para o desenvolvimento desta cultura.
No Estado, a área plantada de cana aumentou em 91%, no período 2000-2010, atingindo 625 mil hectares.

O setor reúne 22 empresas, responsáveis por 30 unidades industriais distribuídas em 29 municípios. Apenas três destes estabelecimentos são especializados na produção de álcool; os demais conjugam as duas atividades – açúcar e álcool. No período que antecedeu a crise econômica de 2008, existiam projetos anunciados para seis novas unidades, que acabaram por ser adiados

Na região Sul, a cultura do fumo está presente em 770 municípios, ou seja 65% dos municípios da região. Com uma produção superior a 100 toneladas são 455 municípios (103 no Paraná, 169 em Santa Catarina e 183 no Rio Grande do Sul).
No estado do Paraná, a produção está mais concentrada nas regiões Centro Sul (83 mil toneladas), Sudoeste e Metropolitana de Curitiba (ambas com 24 mil toneladas). Os principais municípios produtores são Rio Azul, Ipiranga, Piên e São  João do Triunfo.
Segundo pesquisa do DESER o IDH dos municípios produtores de fumo é mais baixo.
Segundo o Cadastro das Indústrias 2012 da FIEP, há no Estado, 47 empresas de ABATE DE SUÍNOS, AVES E OUTROS PEQUENOS ANIMAIS (10.12-1).

A liderança do Paraná quanto aos empregos em frigoríficos, no Brasil, indica que o Oeste do estado concentra 42,7% dos postos de trabalho no setor, sendo que, o município de Toledo (PR), ocupa o maior destaque, ou seja, 7546 postos (RAIS, 2010), principalmente pela presença da Sadia.

 Os maiores indicadores de consumo de agrotóxico, com valores superiores a 15,0 kg/ha/ano, ocorreram nos Núcleos Regionais de Ponta Grossa, Cascavel e Londrina, onde a atividade dominante é a agricultura intensiva.
     Posicionam-se também com alto volume de uso de agrotóxicos os Núcleos Regionais de Maringá, Campo Mourão, Francisco Beltrão e Pato Branco, com volumes abaixo de 15.000 kg/ano, áreas estas que se destacam também pela presença de intensa atividade agrícola. Em condição intermediária de volume consumido, com valores entre 7,0 e 11,8 kg/ha/ano, aparecem os Núcleos Regionais de CornéProcópioGuarapuava, Laranjeiras do Sul, Ivaiporã, Irati e Toledo. Situação com baixa pressão decorrente de volumes menores de uso de agrotóxicos ocorre nas regiões onde se desenvolvem atividades agrícolas de menor intensidade, tais como nos Núcleos de Irati, Jacarezinho, Umuarama e Paranavaí, com quantidades abaixo de 7,0 kg/ha/ano.

O maior consumo de agrotóxicos identifica as regiões de risco e sujeitas a maior perigo de contaminação. Os Núcleos Regionais de Ponta Grossa, Cascavel e Londrina são regiões de alta prioridade nas ações de monitoramento, controle e educação ambiental devido ao alto volume de agrotóxicos utilizado.

Os problemas relacionados a saúde do trabalhador dos 2 setores (frigoríficos e trabalho rural)não aparece como demanda organizada dos trabalhadores para os CERESTs, apenas algumas solicitações pontuais: agrotóxicos (realização de exames de acetilcolinesterase, investigação de nexo causal, assistência a trabalhadores com quadro de intoxicação), prevenção de acidentes com máquinas.

Foram realizadas as seguintes ações:

Encaminhamento da demanda do setor sucroalcooleiro – realização de um seminário regional para a construção de um diagnóstico preliminar sobre o setor , porém na região não houve continuidade no processo;
Estudo sobre os trabalhadores na fumicultura-  realização da pesquisa e extensão  em conjunto com o Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da UFPR “Investigação dos Processos de Contaminantes Químicos e seus Impactos na Saúde da População e Trabalhadores Expostos no Paraná”, na fase de analise dos dados.
Em julho de 2009, foi realizada uma reunião técnica interinstitucional de planejamento de ações de vigilância da saúde dos trabalhadores expostos a agrotóxicos, a partir do Projeto Hortinorte 2008 da Emater. Como encaminhamento foi indicado a realização de reuniões regionais. Aconteceram reuniões na região oeste e norte. Porém, não houve continuidade.
Criado um grupo de trabalho sobre agrotóxicos no Paraná, composto por todos os setores da Secretaria  relacionados ao problema e coordenados pela Vigilância Ambiental, Foram realizadas 3 reuniões, porem não houve continuidade.
Investigação dos acidentes graves e fatais.

Em complementação a apresentação, foi relatada a ação que o Ministério Público do Trabalho está realizando nos Frigoríficos e que em setembro haverá uma reunião no estado do Mato Grosso para definir as estratégias. A NR dos Frigoríficos está para ser aprovada. Existe pressão das empresas para que a norma não saia. A mesma nivela os prejuízos que as grandes empresas têm com as fiscalizações.

Outra informação, é que os pequenos frigoríficos estão sendo incorporados pelas grandes empresas. Nesse ramo há uma grande mobilidade de mão de obra, com utilização de mão de obra estrangeira, presidiários e indígenas. A exemplo disso, em Cafelândia, a contratação de mão-de-obra é feita nos municípios vizinhos, pois  o contingente do  município já está “aleijado” por acidentes de trabalho no setor.

Foi sugerido pelos assessores que se faça o detalhamento das informações sobre  intoxicações por agrotóxicos, especificando  a  cultura,  as regiões de consumo, o tipo de intoxicação, tendências de uso e casos de suicídio como marcador de situações críticas.
Sobre o processo de mecanização na cana de açúcar, foi informado que em São Paulo haverá mecanização e proibição das queimadas, com diminuição da mão de obra. Como conseqüência, no Paraná há previsão de aumento de demanda de mão de obra.
Varias pessoas se pronunciaram sobre as péssimas condições de trabalho dos cortadores de cana de açúcar e problemas de saúde e social que se manifestam neste setor, entre eles destacamos: drogadição, morte por exaustão, DST / AIDS, gravidez na adolescência, etc.

SANTA CATARINA

O Cerest –Criciuma relatou que identificam várias situações que põem risco a saúde dos trabalhadores.  As intervenções feitas são pontuais.
Utilizam os dados  da Previdência, pois os dados do SINAN  não são digitados no sistema, por problemas de recursos na vigilância epidemiológica.
Em Santa Catarina existe um Sistema Estadual de Autuação denominado FAROS – que possui o cadastro das empresas (CNPJ) e todos os processos das mesmas e é administrado pela Vigilância Sanitária estadual.

As ações de saúde do trabalhador que as  vigilâncias sanitárias municipais  não conseguem realizar,  são feitas principalmente pelo CEREST.
Também se verifica uma busca de mão-de-obra em cidades vizinhas para as agroindústrias.

O Cerest – Joinville realiza trabalho na área rural, em parceria com as equipes de saúde da família para levantar questões dos sintomas dos pacientes/trabalhadores, sobre as intoxicações por agrotóxicos. Foi feito um roteiro para levantamento das condições de trabalho. O trabalho resultou na elaboração de uma cartilha de venenos naturais (outra opção para evitar o uso dos agrotóxicos).

RIO GRANDE DO SUL

Relatou que 1/3 da área do estado do RS é sede de 92% dos estabelecimentos agrícolas. Sendo que 90% dessa produção é com agrotóxicos.
Os outros 2/3 do RS é sede dos outros 8% do agronegócio e agropecuária (soja, arroz). Em torno de 130 000 pessoas (60%) estão trabalhando no meio rural.
Os dados não são suficientes para permitir um diagnóstico de acordo com a realidade.
Apresentou dados de notificação de acidentes de trabalho da Previdência, do SINAN e do Sistema Estadual.  No SINAN foram registrados 176 casos de intoxicação exógena. No Sistema Estadual em 2011 foram notificados 4.304 acidentes com os trabalhadores da agricultura.

Apresentou o Mapa do  estudo sobre as bacias hidrográficas e agrotóxicos. Em todas as bacias o Glifosato é o que aparece  em maior quantidade, evidenciando uma séria contaminação da água. O trabalho foi realizado pela Vigilância Ambiental do Rio Grande do Sul.

Com relação ao Trabalho Rural o relato das atividades (a partir dos dados que se tem – 4 CEREST's) há um Grupo de Trabalho e um Grupo de Estudos, há parceria com as Universidades, com o MDA, com o INCA e com o Instituto Nacional do Câncer. O objetivo é verificar as implicações do agrotóxico na saúde: avaliar as características do processo de trabalho e dimensionar o impacto desse processo na saúde. Os resultados têm trazido contribuições, ainda de modo pontual, porém a rede não absorveu a pesquisa e não irradiou ações para lugares para além de onde as pesquisas são feitas.

Foi feito um estudo  sobre a contaminação da água, e dos problemas de saúde e aprendizagem em crianças de famílias de fumicultores.

A água foi uma questão altamente importante e de grande urgência. Entretanto, as medidas indicadas como  construção de poços artesianos e utilização de cloro são ineficientes em relação a contaminação por agrotóxicos. Há um programa do MDA e do Ministério da Saúde, para buscar alternativas para o cultivo do tabaco.

O cultivo do fumo acontece em 66% dos municípios, centrado em pequenas áreas, na agricultura familiar. As propriedades estão concentradas, muito próximas umas das outras.
O MDA oferece atenção e recursos financeiros para o estado.

A doença da folha verde do tabaco foi incluída no sistema de notificação do estado.
Nos municípios de Garibaldi e Novo Araçá – Serra Gaúcha, as pessoas que trabalham em frigoríficos vem de outras cidades. Na  grande maioria são mulheres, viajam 1 hora e meia e realizam uma jornada de trabalho extensa.

Através da ação do MP conseguiram entrar nos frigoríficos e fazer algumas pesquisas.
Há aproximadamente 25 mil trabalhadores nos frigoríficos. O maior índice de afastamento no RS é por LER/DORT. Segundo dados da Secretaria do Trabalho, em 2010 foram registrados 240 casos, sendo que em 90% desses não houve emissão da CAT.
Em 2012 (janeiro-agosto) foram notificados no  Sistema Estadual, 71 casos de LER/DORT.
Segundo dados da Previdência,  no ano de 2010 foram afastados 2883 trabalhadores de frigoríficos


Após as apresentações por estado foi feito o debate sobre os obstáculos, dificuldades com relação aos processos de trabalho nos frigoríficos e trabalho rural, nas culturas da cana-de açúcar, fumo e a utilização do agrotóxico na agricultura.


Os assessores apontaram algumas questões:
Necessidade de melhor detalhamento das informações, dos processos de trabalho,  uma melhor definição das variáveis como  sexo, carga horária, tipo de doenças, etc.  Alguns trabalhos importantes foram realizados, porém são  focais e frágeis.
Tratar de assuntos da saúde do trabalhador na atenção básica de forma difusa não dá consistência ao trabalho.

É necessário que o trabalho de vigilância em saúde do trabalhador seja mais facilmente difundido e persistente com   reavaliação do quadro das ações realizadas (em frigoríficos, trabalho rural etc.), das necessidades e das possibilidades de atuação.
Foi comentado que a norma regulamentadora (dos frigoríficos) não vai resolver o problema mas pode trazer melhorias.

O MPT é um parceiro muito importante para a exigência e modificação da organização do trabalho em frigoríficos. Existe uma   força tarefa nacional composta por procuradores do MPT que  podem dar suporte e apoio em todos os municípios do país. É importante levantar dados de adoecimento nos frigoríficos.

Alguns problemas levantados foram: o instrumento do nexo técnico  não tem sido utilizado e não há  o acesso aos dados da Previdência;  a  associação entre médicos e empresas para impedir que sejam fornecidos atestados aos trabalhadores por LER/DORT,  não cumprimento do nexo técnico epidemiológico; há diferenças com relação ao que considerado  frio entre os estados; silêncio epidemiológico; grande rotatividade de mão de obra.

Quanto ao trabalho rural,  não há perspectiva de regulamentação.

Alguns desafios a serem enfrentados: a questão da intoxicação crônica, o problema do suicídio e da perda auditiva relacionado ao uso do agrotóxico, questão da sobrecarga da cana-de-açúcar (morte por exaustão), trabalho infantil e tráfico de pessoas.
No Paraná o documento da política de saúde do trabalhador aprovada pelo Conselho Estadual de Saúde coloca como prioridade as ações nos frigoríficos e trabalho rural.
Foi destacada a importância da continuidade das ações e do fortalecimento da organização dos trabalhadores e a qualificação técnica dos profissionais.
Há a necessidade de formular estratégias para combater a descontinuidade das ações; inserção da política de saúde do trabalhador na atenção primaria.



ESTRATÉGIAS PREVISTAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES:


      Articulação com os setores pro saúde do trabalhador;
      Educação permanente;
      Informação para ação;
      Priorização das ações por agravo e ramo de atividade;
      Formação continuada;
      Realização de pesquisa;
      Melhorar o diagnostico em saúde do trabalhador dos setores;
      Discutir o papel dos CERESTs principalmente quanto ao acolhimento, assistência a saúde dos trabalhadores, nexo entre adoecimento e o trabalho e a vigilância dos ambientes de trabalho.



IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DA VIGILÂNCIA.
      Controle social com capacidade de intervenção e participação em todas as etapas da vigilância
      Planejamento participativo, factível e monitorado;
      Formação direcionada para ação e continuada;
      Assessoria e consultoria pelas Universidades e pesquisadores no desenvolvimento e avaliação das ações;
      Realização de ações coordenadas;

CONSTRUÇÃO DE PLANOS DE FORMAÇÃO/AÇÃO SOBRE CADA UMA DAS PRIORIDADES: DEFINIÇÃO DE METAS A SEREM ALCANÇADAS


FRIGORÍFICOS

a)Criação um Programa de Vigilância em Saúde do Trabalhador em Frigoríficos na região Sul com assessoria da Fiocruz, GT ABRASCO e Ministério Saúde;
b)Criação de um grupo de trabalho sobre frigoríficos na região sul;
c) Melhorar o diagnóstico situacional dos frigoríficos com informações sobre as   ações que vem sendo realizadas, mapeamento dos frigoríficos por CEREST, detalahamento dos processos de trabalho da cadeia.
d) Elaborar material para trabalhar na formação para a vigilância em frigoríficos.
e)Estabelecer ações articuladas com as diversas instituições relacionadas a saúde do trabalhador;
f) Levantamento dos estudos existentes sobre a cadeia produtiva;
g)Estabelecer ações de fortalecimento da organização dos trabalhadores;
h)Incluir a questão da vigilância dos trabalhadores de frigoríficos na atenção básica;
i) Elaborar um Plano de Ação dos 3 estados com participação dos trabalhadores

Encaminhamentos:
- Realização de uma oficina de trabalho nos dias 3 e 4 de dezembro em Florianópolis. Diagnóstico Situacional, mapeamento, e levantamento de dados.



TRABALHO RURAL:

a)Pesquisar câncer e uso do agrotóxico, pois há uma constatação entre a região que usa agrotóxico e crescimento do câncer relacionado ao trabalho com apoio do INCA;
b)Melhorar o diagnóstico com maior detalhamento sobre: agricultura familiar, agroecologia, culturas da cana, fumo,agrotóxicos utilizados e efeitos a saúde, casos de câncer, suicídio, acidentes com máquinas, uso do glifosato;
c)Desenvolver estudos e pesquisas para dar visibilidade e potencializar questões referentes ao trabalho rural nos três estados;
d) Plano de Ação com metas, prazos e responsabilidades;
e) Fortalecer e subsidiar a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida;
f)Levantamento das legislações estaduais e municipais dos agrotóxicos banidos e restringidos;
g) Incluir a vigilância da saúde dos trabalhadores expostos a agrotóxicos na atenção primária;
h) Levantamento dos estudos sobre a contaminação por agrotóxicos, manutenção de um banco de dados e divulgação da informação
i) Levantamento de ações realizadas em outros estados;
j)Criação de um  Comitê Regional de Vigilância da Saúde do Trabalhador Rural



Encaminhamentos:
- Responsáveis pelo Comitê Regional de Vigilância da Saúde do Trabalhador Rural : Nanci, Silvia, Yumie, Loiva, Carla, Aline e Cissa, Regina;

-Jorge encaminhará o manual de vigilância e ações propostas para a questão dos agrotóxicos;
-Aline de Joinvile disponibilizará ao grupo a cartilha de venenos naturais.
-A equipe do CEST/PR enviará o protocolo de avaliação das intoxicações crônicas por agrotóxicos;
-Realização de encontro do grupo de trabalho nos dias 15 e 16 de outubro em Porto Alegre


QUESTÕES PARA CONSTRUIR O DIAGNÓSTICO

Definição dos de eixos:
1)   Fumo/ Agricultura familiar/agroecologia
2)   Cana de Açúcar
3)   Monoculturas

Questões
1-   Vigilância Epidemiológica, analisar os casos de câncer, intoxicação aguda e crônica, má formação, suicídio e aborto.
2-   Processo de Trabalho
3-   Vigilância do Agrotóxico
- Construir o cenário
- Levantar o problema
- Planejar o SUS pela necessidade e não demanda
- Grupo da Informação

Quais informações vão compor esse diagnósticos: culturas, produtos, instancias, grupos que tem nos três estados, ênfase no glifosato, casos de intoxicações, suicídios, ações realizadas, produtos destas ações: protocolos, modelos, boletins, dossiê, campanha do estado de combate aos agrotóxicos,  Vigilância da água e PARA, etc

AVALIAÇÃO DA OFICINA

Todos os participantes consideraram a reunião e os encaminhamentos um avanço, principalmente a integração dos 3 estados que tem problemas comuns.
A assessoria do Professor Minayo e do Jorge Mesquita são fundamentais para a continuidade do trabalho do grupo.
A participação dos trabalhadores é imprescindível em todas as etapas dos processos e o SUS ainda tem muito o que avançar na saúde do trabalhador.