sexta-feira, 21 de outubro de 2011

HUOP e eleições na Unioeste: Resposta ao Professor Enésimo

Explicações necessárias, conforme solicitação.
Em Resposta ao comentário do Senhor Enésimo Genoíno Santana Professor universiário aposentado Auditor do TC, no BLOG do Laerson Matias.
Reproduz-os fielmente os questionamentos e os respondo em negrito.

Santa Mãe de Deus! Quanta cegueira ideológica. Faltou explicar porque a denúncia das calotas cranianas (guaradas em local inadequado) foi feita pela Vigilância Sanitária.
Este caso de fato é lamentável, pois apesar das orientações em contrario, tanto da direção do HUOP, quanto da CCIH, alguns médicos teimam em manter esta conduta, que deveria ser armazenada em subcutâneo, até o seu reimplante.

Faltou explicar, senhor sindicalista, porque a empresa que contrata médicos terceirizados pertence ao seu amigo e diretor do HU.
O Dr. Dalmina não é meu amigo, como Diretor do HUOP o trato.
Quanto à terceirização: é uma imposição do governo do estado que não quer realizar concurso público para a contratação de médicos.
Como desconheço o contrato social da empresa, fico devendo-lhe mais detalhes.
Sobre este fato, que se configurado, há que se tomar providencias para cessar.

Faltou explicar porque os pacientes (SERES HUMANOS) ficam nos corredores enquanto leitos foram transformados em salas de reunião.
Os pacientes ficam nos corredores, porque mesmo sem as condições necessárias para atender a nossa gente, o HUOP jamais se nega a atender a todos que ali buscam atendimento.
No caso das salas de aula, é óbvio que tem que existirem, pois o HUOP é também uma escola. O Senhor deveria saber que aula se da em sala de aula.
A falta de investimentos governamentais para que o HUOP tenha salas de aula em número suficiente para os seus acadêmicos, associado a negligencia e abandono de toda a população do oeste do Paraná que não tem alternativa de atendimento hospitalar público é que leva ao caos, que todos criticamos.
Logo, os SERES HUMANOS são todos atendidos no HUOP. Claro que as condições inadequadas são determinadas pelo abandono governamental. Para o qual saúde só é prioridade em época de eleições.

Faltou explicar que 15 mil horas extras em 30 dias é denúncia do Tribunal de Contas do Estado.
No caso das horas extras, segundo o Diretor Geral, Professor Alberto Pompeo, são em média 20 horas mensais por servidor. Convenhamos, com tanto trabalho, com os corredores cheios, a falta de servidores, e a demora em substituí-los, não me parece que isso deva ser relevante para tanto alarde.

Faltou explicar muita coisa que sua cegueira ideológica não lhe permite ver. Uma pena. Explique às famílias as mortes das pessoas que não receberam atendimento. Pode fazer isso?
Quanto as morte, todos nós lamentamos! Afinal a vida não tem preço. Mas querer acusar a quem é responsável por salvar vidas do caos em que está à saúde pública é uma afronta a nossa inteligência e uma ofensa aos servidores da saúde pública de todo nosso país.
Quando assisto cotidianamente a Globo fazendo denuncias contra hospitais, que mais parecem estrebarias, país afora, tenho a certeza de que os servidores de nosso glorioso HUOP são verdadeiros heróis e como tanto devem ser tratados.

Portanto senhor professor, venha até o HUOP, fale com estes valorosos servidores que são obrigados a fazer horas extras. Estes que deixam de lado até a sua própria família, só para garantir um mínimo de dignidade aos usuários do SUS. Converse com as pessoas que estão ali internadas e veras certamente que a culpa pelas dificuldades enfrentadas pelo HUOP, são de inteira responsabilidade do Governo Estadual e Federal que negligencia os recursos necessários à ampliação do número de leitos e servidores para o atendimento da população, bem como da falta de estrutura para a formação acadêmica em nossa instituição. 

Assim agindo, aproximando-se do objeto de nossa divergência, que nada tem de virtual, quem sabe o Senhor possa comprovar que a minha “cegueira ideológica”  e a minha condição de “sindicalista” como diz, é apenas um preconceito seu. Este tipo de argumento falacioso que visa descredenciar o oponente, muito popular na Grécia antiga, entre os sofistas em confronto com os pais da filosofia, apesar de válido e eficiente é deplorável sob todos os aspectos quando usado por alguém que se diz Professor.

2 comentários:

  1. Penso que invés de lutarmos contra a ideologia ums dos outros primeiro devemos nos unir para fiscalizar e combater atos ilícitos que possam ocorrer nos hospitais de nossa região por que de fato existe muitas irregularidades sim mas tam bem existem as exceções.

    Thiago Branco.

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  2. Concordo!!! Para se ter mais leitos, não basta só mais camas em salas, deve-se ter mais funcionários e não apenas enfermeiros, isto inclui técnicos de enfermagem, de laboratório também, ou seja, mais custos! Concordo inclusive com o fato de que quando assisto qualquer reportagem sobre outros hospitais públicos no país, vejo que o HU está muito a frente! E quem está lá dentro sabe das dificuldades, dos momentos terríveis quando se perde o paciente.
    Outra coisa, jogamos a responsabilidade da saúde pública de Cascavel no HU, sendo que é válido lembrar que o HU é para atender a região, porém a maioria dos pacientes são de Cascavel, por isso, talvez fosse bom termos um hospital municipal, nele não precisaria termos salas de aula, afinal não seria um hospital ESCOLA. Parabéns Laerson, suas respostas foram coerentes.

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