quarta-feira, 9 de abril de 2014

UPA Pediatria - onde a criança é prioridade em Cascavel?


A estrutura física na Unidade de Pronto Atendimento Pediátrico deveria ser temporária, é um problema desde que se iniciaram os trabalhos neste local. 

Entretanto, este espaço sempre foi improvisado e nunca adequado às necessidades básicas de um pronto atendimento infantil, desde a sua estrutura física antiga, presença de mofo, umidade, condições insalubres para manutenção e armazenamento de medicamentos e alimentos, presença de goteiras e alagamentos em dia de chuva, no setor de realização de raios-X, farmácia e corredores, presença de insetos e falta de ventilação adequada em todos os locais de atendimentos e internamentos o que torna o ambiente insuportável para todos, o local de atendimento emergencial – suporte e consultório realizado no mesmo corredor de passagem de visita, entrada de funcionários, entrega de materiais, rouparia, entrada de SIATE e SAMU, entre tantos outros.  

O números de leitos é insuficientes para suprir a demanda de atendimentos realizados, em 2013 passou de 24 mil atendimentos, numero maior que o da UPA 2. A situação é critica e caótica nos meses de inverno quando a incidência de doenças respiratórias dobram o número de atendimentos e de internamentos na pediatria e ocorrendo situações graves (já estão ocorrendo neste último mês de Março e Abril), devido à superlotação, não há mais disponível nenhum leito para acomodar os pacientes e seus acompanhantes sendo obrigados a se manterem em cadeiras e muitas vezes no colo de suas mães durante horas e até dias.
Usina de Oxigênio está quebrada a quase um mês, por isso cada quarto tem pelo menos dois cilindros, concorrendo com mais quatro cadeiras e quatro acompanhantes das quatro crianças internadas em um local que deveriam ter somente duas.

esta é uma maca improvisada em lugar de um leito . . .

Devido à falta de um ambiente de trabalho adequado e com a grande demanda de atendimentos e internamentos, convivemos diariamente com situações extremas, desde a mobilidade de todos nos corredores, enfermarias e condições para medicar e de alimentar os pacientes, bem como conseguir realizar orientação e a organização de todos que trabalham neste espaço, o que sobrecarrega a equipe e que afeta diretamente o atendimento, impossibilitando a realização de uma assistência humanizada e digna as crianças e seus familiares.



Piso da farmácia . . .

Teto de um dos leitos de internação.

Paredes.

Nenhum dos quartos tem ventilador e proteção nas janelas contra os insetos, que não são poucos, dizem as mães que posam sentadas em cadeiras cuidando de seus filhos.

WC interditado e . . .

"Sala" de inalação . . . localizada atrás de um consultório médico improvisado.
Atualmente, o espaço ficou menor, pois houve redução de um quarto e todos eles possuem quatro leitos, porém, pelo seu tamanho, só suporta dois leitos o que leva a riscos de transmissão de doenças entre todos que convivem neste serviço.

Nesta segunda-feira (7) amanheceram internados na UPA, 70 crianças. Isso mesmo, 70, quando tem somente 28 leitos. Logo as crianças foram internadas nos corredores no colo de seus pais. Foram 318 atendimentos neste dia . . . o que é absolutamente impraticável, se termos em mente a humanização e os direitos das crianças.  

O que reivindicamos é simplesmente um espaço adequado que possua condições mínimas em que se possa realizar o trabalho de forma digna e segura, podendo assim atender a população pediátrica de forma mais humanizada e justa. E isso tem que ser feito imediatamente por que o inverno ainda nem começou e as doenças respiratórias sempre agravam o estado de saúde de nossas crianças e aumenta a demanda por internação nas unidades da saúde.

O Conselho Municipal de Saúde deve tratar deste assunto no dia 28 de abril. Esperamos até lá encontrar uma proposta definitiva para este grave problema de saúde pública. 

Mais anda em uma cidade que tem segundo o próprio alcaide o titulo de "Prefeito Amigo das crianças".

Um comentário:

  1. Situação Lamentável...
    Cadê Ministério Publico, Direitos Humanos que sabem cobrar melhorias para vagabundos que estão presos?
    E o direitos dessas crianças, dos seus pais que pagam impostos?
    São peguntas que com certeza nosso prefeito, preocupado com seu bem estar e de sua família não tem uma resposta...

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